segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

*CL@UDINHA...AMOR DO POETA*


















































Um comentário:

  1. Olá meu amigo.
    Depois de uma pequena pausa estou de volta para
    postar mais um poema.
    Florbela espanca,não sei se já conhece alguma dos seus poemas,mas tenho a certeza de que irá gostar.
    Pois como você, também ela nos seus poemas punha neles a evidência do amor.
    A sua Poesia é de uma imensa intensidade lírica e profundo erotismo. Cultivou exacerbadamente a paixão, sem que alguns críticos não deixem de lhe encontrar, por isso mesmo, um "dom-joanismo no feminino"
    Mas o sofrimento, a solidão, o desencanto, aliados a imensa ternura e a um desejo de
    felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito, constituem a temática veiculada pela veemência passional da sua linguagem. Transbordando a convulsão interior da poetisa pela natureza, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas.
    Com ou sem escândalo, ou fascinação pelo escândalo; com ou sem histórias de atribulações novelescamente ligadas a uma sucessão de três casamentos infelizes, a perdas familiares dolorosas e à incompreensão constante na sua vida, o que fica é a voz poética da "alma gémea" de Fernando Pessoa, autêntica, feminina e pungente:
    Culminando Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos. O seu suicídio foi socialmente manipulado e, oficialmente, apresentada como causa da morte, um «edema pulmonar».
    E depois de escrever um pouco sobre esta genial poetisa aqui lhe deixo um dos muitos seus poemas que espero que goste .

    O Teu Olhar
    Passam no teu olhar nobres cortejos,
    Frotas, pendões ao vento sobranceiros,
    Lindos versos de antigos romanceiros,
    Céus do Oriente, em brasa, como beijos,

    Mares onde não cabem teus desejos;
    Passam no teu olhar mundos inteiros,
    Todo um povo de heróis e marinheiros,
    Lanças nuas em rútilos lampejos;

    Passam lendas e sonhos e milagres!
    Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
    Em centelhas de crença e de certeza!

    E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim,
    Amor, julgo trazer dentro de mim
    Um pedaço da terra portuguesa!

    Florbela Espanca,

    ResponderExcluir

DEIXE AQUI SEU COMENTÁRIO